Em pouco tempo - cerca de cinqüenta anos - Portugal, aquele pequeno país na orla da península ibérica, ainda com muitas vigências medievais no seu cotidiano, se viu, literalmente, dono do mundo. A costa leste do Atlântico Sul e a contra partida africana, ao oeste, o Oceano Índico centrado em Goa e além disto Macau e Timor nos longes asiáticos, tudo isto com seus contrastes civilizatórios, seus problemas de manutenção e segurança, suas conveniências de exploração e geração de riquezas e comércio estava carente de uma ação concreta, organizada e planejada. A cidade do Salvador, na Baía de Todos os Santos, surgiu como peça essencial de todo esse processo.
Deliberada e denominada pelo "Regimento de Almeirim" outorgado pelo rei D. João III a Tomé de Souza, fundador e governador escolhido, a Cidade do Salvador começa a 29 de março de 1549, quando a frota pioneira chegou na praia onde estava o que restava do estabelecimento do donatário Pereira Coutinho e, para recebê-la Diogo Álvares, o "Caramuru", e sua gente. Apoio logístico de toda a navegação no Atlântico ao sul da linha do equador, valha dito essencial ao processo de circulação das riquezas geradas pelo comércio das especiarias, a cidade do Salvador tornou-se, ao mesmo tempo não somente a grande doca da exportação do açúcar industrializado no Recôncavo, como o principal portão de acesso, no continente americano, de toda a imensa diáspora africana, suas etnias, suas linguagens, sua cultura, em suma Cidade que, aos parâmetros dos século XVII e XVIII integrava o "primeiro mundo" em termos de geração e investimento de riquezas, constituiu um acervo imobiliário de igrejas, fortes e solares que abrigou uma sociedade múltipla de senhores faustosos e de escravos fundamentais a esse mesmo fausto.
Piratas de várias bandeiras, ou de nenhuma, "holandeses", franceses, ingleses, não foram poucos os que, de fora o binômio oficial do colonialismo tentaram o ataque e a conquista. Tudo, sempre repelido, seja por Portugal, interessado em manter a sua "base", seja pelos já aqui nascidos. Da sua fundação, em 1549, até 1763, a Cidade do Salvador foi a Capital do Império Português na América. Perdendo esta condição para o Rio de Janeiro, nem por isso perdeu sua importância. Tanto que, já proclamada a independência do Brasil desde setembro de 1822, até julho de 1823 Portugal ainda lutava e relutava em aceitar a independência da Bahia, somente conseguida à custa de duras lutas armadas. O "termo da cidade", ao tempo da sua fundação, abrangia área bem maior do que a atual.
Embora a mancha urbana estivesse onde hoje está o chamado "centro histórico",sua jurisdição formal chegava até as margens do Rio Joanes, incluindo, portanto, os atuais municípios de Candeias, Lauro de Freitas (ex Santo Amaro de Ipitanga), Simões Filho (ex Água Comprida) e Madre de Deus. Sendo cidade portuária e comercial, por vocação e tradição, Salvador conheceu algumas pequenas indústrias ao longo da sua vida, até a segunda metade do século XIX. Nessa altura implantou-se um parque têxtil que teve fecundo papel na vida econômica, não resistindo, porém à concorrência modernizada que se criou em outras partes do Brasil. Mais recentemente, sobretudo nas áreas desmembradas, implantaram-se indústrias de porte bem maior, inclusive o Pólo Petroquímico de Camaçari. A capital continuou cumprindo a sua vocação comercial e cultural, agregou o crescimento racional e rentável do turismo, explorando para isto o seu inesgotável potencial e assumiu, com proveito para ela mesma e para os municípios ao seu redor a condição de centro da Região Metropolitana.
CARACTERISTICAS ECONÔMICAS
Tem no turismo sua principal atividade econômica. Conforme registros na JUCEB, possui 19.665 indústrias, 1º. lugar, em unidades, na posição geral do Estado da Bahia, e 101.373 estabelecimentos comerciais, 1ª. posição dentre os municípios baianos. No setor de bens minerais é produtor de areia, argila, artefatos minerais, calcário e pedra. Seu parque hoteleiro registra 18.662 leitos. No ano de 2001 o município registrou 720.282 consumidores de energia elétrica com um consumo de 2.464.322mwh.
Deliberada e denominada pelo "Regimento de Almeirim" outorgado pelo rei D. João III a Tomé de Souza, fundador e governador escolhido, a Cidade do Salvador começa a 29 de março de 1549, quando a frota pioneira chegou na praia onde estava o que restava do estabelecimento do donatário Pereira Coutinho e, para recebê-la Diogo Álvares, o "Caramuru", e sua gente. Apoio logístico de toda a navegação no Atlântico ao sul da linha do equador, valha dito essencial ao processo de circulação das riquezas geradas pelo comércio das especiarias, a cidade do Salvador tornou-se, ao mesmo tempo não somente a grande doca da exportação do açúcar industrializado no Recôncavo, como o principal portão de acesso, no continente americano, de toda a imensa diáspora africana, suas etnias, suas linguagens, sua cultura, em suma Cidade que, aos parâmetros dos século XVII e XVIII integrava o "primeiro mundo" em termos de geração e investimento de riquezas, constituiu um acervo imobiliário de igrejas, fortes e solares que abrigou uma sociedade múltipla de senhores faustosos e de escravos fundamentais a esse mesmo fausto.
Piratas de várias bandeiras, ou de nenhuma, "holandeses", franceses, ingleses, não foram poucos os que, de fora o binômio oficial do colonialismo tentaram o ataque e a conquista. Tudo, sempre repelido, seja por Portugal, interessado em manter a sua "base", seja pelos já aqui nascidos. Da sua fundação, em 1549, até 1763, a Cidade do Salvador foi a Capital do Império Português na América. Perdendo esta condição para o Rio de Janeiro, nem por isso perdeu sua importância. Tanto que, já proclamada a independência do Brasil desde setembro de 1822, até julho de 1823 Portugal ainda lutava e relutava em aceitar a independência da Bahia, somente conseguida à custa de duras lutas armadas. O "termo da cidade", ao tempo da sua fundação, abrangia área bem maior do que a atual.
Embora a mancha urbana estivesse onde hoje está o chamado "centro histórico",sua jurisdição formal chegava até as margens do Rio Joanes, incluindo, portanto, os atuais municípios de Candeias, Lauro de Freitas (ex Santo Amaro de Ipitanga), Simões Filho (ex Água Comprida) e Madre de Deus. Sendo cidade portuária e comercial, por vocação e tradição, Salvador conheceu algumas pequenas indústrias ao longo da sua vida, até a segunda metade do século XIX. Nessa altura implantou-se um parque têxtil que teve fecundo papel na vida econômica, não resistindo, porém à concorrência modernizada que se criou em outras partes do Brasil. Mais recentemente, sobretudo nas áreas desmembradas, implantaram-se indústrias de porte bem maior, inclusive o Pólo Petroquímico de Camaçari. A capital continuou cumprindo a sua vocação comercial e cultural, agregou o crescimento racional e rentável do turismo, explorando para isto o seu inesgotável potencial e assumiu, com proveito para ela mesma e para os municípios ao seu redor a condição de centro da Região Metropolitana.
CARACTERISTICAS ECONÔMICAS
Tem no turismo sua principal atividade econômica. Conforme registros na JUCEB, possui 19.665 indústrias, 1º. lugar, em unidades, na posição geral do Estado da Bahia, e 101.373 estabelecimentos comerciais, 1ª. posição dentre os municípios baianos. No setor de bens minerais é produtor de areia, argila, artefatos minerais, calcário e pedra. Seu parque hoteleiro registra 18.662 leitos. No ano de 2001 o município registrou 720.282 consumidores de energia elétrica com um consumo de 2.464.322mwh.